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Cada vez mais temos visto a violência doméstica presente nos relacionamentos. As pessoas envolvidas podem ser casadas ou não, do mesmo sexo ou não, viverem juntas ou até mesmo separadas. O que faz uma pessoa vítima de violência é o CONTROLE que o outro (a) exerce sobre ela.

Existem diversas formas de violência:

  • violência emocional: qualquer comportamento do(a) companheiro(a) que visa fazer o outro sentir medo ou inútil. Usualmente inclui comportamentos como: ameaçar os filhos; magoar os animais de estimação; humilhar o outro na presença de amigos, familiares ou em público, entre outros.
  • violência social: qualquer comportamento que queira controlar a vida social do(a) companheiro(a), através de, por exemplo, impedir que este(a) visite familiares ou amigos, cortar o telefone ou controlar as chamadas e as contas telefônicas, trancar o outro em casa.
  • violência física: qualquer forma de violência física que um agressor(a) inflige ao companheiro(a). Pode traduzir-se em comportamentos como: esmurrar, pontapear, estrangular, queimar, induzir ou impedir que o(a) companheiro(a) obtenha medicação ou tratamentos.
  • violência sexual: qualquer comportamento em que o(a) companheiro(a) force o outro a atos sexuais indesejáveis. Alguns exemplos: pressionar, forçar ou tentar que o(a) companheiro(a) mantenha relações sexuais desprotegidas; forçar o outro a ter relações com outras pessoas.
  • violência financeira: qualquer comportamento de controle do dinheiro do(a) companheiro(a) sem que este o deseje.
  • perseguição: qualquer comportamento que visa intimidar ou aterrorizar o outro. Por exemplo: seguir o(a) companheiro(a) para o seu local de trabalho ou quando este(a) sai sozinho(a); controlar constantemente os movimentos do outro, quer esteja ou não em casa.

A violência doméstica funciona como um sistema circular – o chamado Ciclo da Violência Doméstica – que apresenta primeiramente, uma aumento de tensão acumuladas no cotidiano, ameaças e injúrias que geram na vítima a sensação de perigo eminente; a agressão propriamente dita, podendo ser ela física e até mesmo psicológica, que coloca a vítima numa posição de medo e de total impotência; e por fim, o “arrependimento” do agressor, que envolve a vítima com suas desculpas, carinhos e promessas de mudança. Um ciclo repetitivo que sucede aos longo de meses, anos, que afeta não só a vítima mas aqueles que convivem nessa situação, como os filhos e demais familiares.