A Psicanálise de Família e Casal surge como uma ampliação do método psicanalítico. Muitos autores ao estudarem casos de família encontravam as bases para a compreensão da doença mental na família através da noção de porta voz ou depositário da patologia familiar, ou seja, um dos elementos do grupo familiar era “escolhido” para ser o depositário de toda a doença daquele grupo, o paciente identificado, já que a família como um todo dificilmente se colocava na categoria de ‘paciente’.
Alguns autores (Féres-Carneiro, 1980;) observam que determinados sintomas apresentados pelos filhos demonstram a interferência da problemática conjugal e, portanto, a importância da proposta interventiva ser direcionada para os pais/casal.
Eiguer (1998) menciona que a consciência sobre a existência de conflitos conjugais é indispensável para a indicação da terapia de casal e cita como problemáticas mais comuns nos casais: os conflitos relacionais e de comunicação, desentendimentos sexuais, a decisão de um divórcio, a violência doméstica e tipos diversos de relações perversas.